O Instituto para Igualdade e Equidade do Género de São Tomé e Príncipe estima que nos últimos seis meses o número de crianças envolvidas na prostituição aumentou em mais de 70 por cento.
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Este aumento é apontado como tendo por causa o agudizar da crise económica provocada pela pandemia do novo coronavírus.
A directora daquele instituto, Ernestina Menezes, diz ter testemunhado casos que lhe deixaram chocada.
“Muitas crianças de 12, 13 e 14 anos de idade trocaram a escola pela prostituição estimuladas pelas própria mães devido a situação financeira do lar", denuncia Menezes, quem lembra que nos últimos meses a situação agravou-se com as consequências financeiras decorrentes da pandemia da Covid-19.
Aquela responsável conclui serem necessárias mais campanhas de sensibilização e criação de mecanismos de responsabilização dos pais que encaminham as filhas para a prostituição.
O sociólogo Olívio Diogo, ouvido pela VOA, apela à intervenção das autoridades competentes de forma a criar mecanismos legais que possam proteger as adolescentes "empurradas para a prostituição pelos seus pais” e aponta “a degradação dos valores da família como a principal causa do aumento da prostituição infantil” no país.