Em Moçambique, continua o braço-de-ferro entre os funcionários e a administração da Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo(EMTPM).
Trabalhadores fazem exigências e paralizam as activistas, enquanto a administração os acusa de desviar 40 por cento da receita da empresa.
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A crise dos transportes públicos continua um problema bicudo por resolver na capital moçambicana.
Munícipes de Maputo aguardam por horas um autocarro.
Nos últimos dias a longa espera deveu-se à paralisação de actividades por parte dos motoristas e cobradores da Empresa de Transportes Públicos de Maputo, o que deixou os passageiros agastados.
O município diz ter investido recentemente 300 milhões de dólares na aquisição de 22 novos autocarros com o objectivo de atenuar a problemática de transportes dos munícipes.
Porém, estes esforços esbarram no mau ambiente de trabalho instalado na empresa, que mina a boa prestação de serviços.
"A nova direcção trouxe um novo sistema de progressão de carreiras que chama de desempenho, adequado, não-adequado e relevante e esta classificação só beneficia a direcção", diz um trabalhador que revela não haver qualquer promoção dos empregados.
"Outro problema tem a ver com aumento salarial de 10.59 por cento que não está a ser cumprido pela direcção e nós advertimos que iríamos paralisar as actividades", continua.
O administrador da EMTPM Lourenço Albino revelou que a receita não equivale ao esperado e acusou mesmo os trabalhadores serem os responsáveis pelo desvio de 40 por cento da receita diária.
"A receita diária que é trazida pelos trabalhadores não corresponde ao esperado, a estimativa mostra que efectivamente cerca de 40 por cento da receita é desviado", disse o administrador do EMTPM.
A empresa com pouco mais de 60 autocarros, um número considerado exíguo para as necessidades.