A maior força politica na oposição em Angola, a UNITA diz pretender criar “uma ampla frente" para tirar o MPLA do poder nas eleições de 2022.
O partido liderado por Adalberto Costa Júnior entende que só com uma única força da oposição em 2022 o eterno poder dos camaradas cairá e diz que 2021 deve ser o ano da "mobilização dos patriotas" para a alternância de poder.
A CASA-CE, a segunda maior força na oposição, diz que a teoria é boa mas no terreno as coisas são muito mais complicadas.
"A ideia é boa mas uma coisa é a teoria e outra bem diferente é a pratica, às vezes diz-se uma coisa mas a prática vai noutra direcção”, disse o deputado Manuel Fernandes.
“Agora, não tenhamos ilusão que para tirar o MPLA do poder que por estar muito tempo criou tentáculos é necessário muito mais envolvimento do que se pensa", acrescentou.
O Bloco Democrático, por seu lado, entende que estaria disponível a juntar a sua força a uma plataforma única da oposição.
"O Bloco Democrático reafirma o seu posicionamento nesta ideia de uma única frente da oposição credível para que se possa remover o MPLA do poder", disse Joao Baruba..
Mas Makuta Nkondo, deputado sem representação partidária, diz não acreditar que isto resulte “porque os políticos angolanos não aceitam submeter-se à liderança de outros”.
“Todos querem ser chefes, querem dirigir, não acredito que a UNITA aceite Chivukuvuku na liderança, nem Chivukuvuku aceitaria ter outro líder, a CASA-CE não admite que outro partidário lidere”, sustentou, para acrescentar "esse seria o nosso maior problema".
A VOA tentou ouvir a reacção de dois dirigentes do MPLA mas não estavam disponíveis.