Jornalistas e técnicos da Televisão São-tomense (TVS) deram início nesta sexta feira, 2, a uma greve por termpo indeterminado, confirmando o aviso feito ontem.
Em causa, a não implementação do Regime Especial da Comunicação Social e o atraso no pagamento dos subsídios da Covid-19.
A paralisação, que coincide com o arranque oficial da campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 18 de Julho, é vista como uma forma de pressão ao Governo, numa altura em que a televisão pública tem a missão de transmitir os tempos de antena dos candidatos.
O certo é que a Comissão dos Trabalhadores, pela voz da jornalista Sónia Lopes, acusa o Executivo de ignorar as suas preocupações no que toca à implementação do Estatuto de Carreira e o Regime Especial aprovados há cerca de dois anos.
“Estamos há vários meses a reivindicar esta situação e o Governo tem feito promessas que não se concretizam. Agora dizem-nos que a implementação do documento depende da aprovação pela Assembleia Nacional da lei de reajuste salarial na função pública”, afirma Lopes.
Os profissionais da TVS dizem–se cansados de promessas não materializadas e decidiram paralisar as suas actividades por tempo indeterminado.
“A adesão dos técnicos e jornalistas é de 100 por cento e, apesar de algumas ameaças de despedimento, cortes de salários, expulsão e insultos, nós não vamos nos intimidar”, garante Jorge Do Ó, para quem que “é caricato o Governo tentar colar o nosso Regime Especial ao ajuste salarial na função pública porque uma coisa não tem a ver com a outra”.
Aquele profissional pede a solidariedade dos colegas de outros órgãos estatais da comunicação social porque “é algo que tem a ver com toda a comunicação social, não é uma luta só dos profissionais da TVS”.
O Governo ainda não reagiu à greve.