Profissionais da comunicação "reprovam" rádio e tv do Parlamento angolano

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Carolina Cerqueira, presidente da Assembleia Nacional de Angola

Há muito que partidos e ativistas têm pedido a transmissão das sessões do Paralemento, mas profissionais da comunicação social alertam para custos elevados e por ser um serviço em circuito fechado.

A presidente da Assembleia Nacional de Angola Carolina Cerqueira disse que em Outubro a rádio e a televisão do Parlamento entrarão em funcionamento.

Há muito que partidos e ativistas têm pedido a transmissão das sessões do Paralemento, mas profissionais da comunicação social dão nota negativa a esta medida da Assembleia Nacional devido aos custos elevados e por ser um serviço em circuitofechado.

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Profissionais da comunicação "reprovam" rádio e tv do Parlamento angolano

Teixeira Cândido, secretário-geral do Sindicato de Jornalistas Angolanos (SJA), considera uma perda de tempo e de dinheiro.

"Para mim é um autêntico desperdício quando você já tem uma televisão pública com três canais que não passa grande coisa e o Estado gasta muito dinheiro com estes canais e quer abrir mais uma televisão do Parlamento,
é prioridade? Por quê? É prioritário claro que não", diz Teixeira Cândido.

Aquele jornalista acresceenta que tanto a rádio como a tv são para funcionar em circuito fechado, sem qualquer intervenção de profissionais de comunicação.

A ser assim, diz Luísa Rogério, a presidente da Comissão de Carteira e Ética (CEE), tanto a rádio como a tv não trarão nada de novo porque "se for em circuito fechado serão mais do mesmo".

Na mesma linha de pensamento, um dos decanos do jornalismo angolano e antigo secretário-geral do SJA, Avelino Miguel, considera que este "é mais um passo errado que vamos dar e envolvendo avultadas somas de dinheiro porque este tipo de sistema de comunicação envolve muito dinheiro e nós os contribuintes já estamos fartos de pagar, para uma comunicação que está longe de respeitar os parâmetros da liberdade de imprensa e da isenção de informação no país".

Por seu lado, o jornalista e diretor da rádio Despertar Horácio dos Reis entende que estes órgãos não trazem nada de novo.

"Se o palco de debates que deveria ocorrer nos órgãos de comunicação social estatais não acontece, também o momento é inoportuno, para que a Assembleia Nacional tenhaórgãos exclusivos, é mais um passo que vai ajudar a descredibilizar ainda mais a Assembleia Nacional que já é tida como um dos órgãos que mais consome é um dos sorvdores do dinheiro público".