Cerca de 10 mil professores na província angolana da Huíla poderão ver ainda no presente ano lectivo do ensino geral a sua reversão de categoria resolvida, anunciou o director provincial da educação, Américo Chicoty.
A concretizar-se, a medida poderá resolver um dos velhos problemas que tem dividido o Governo e o Sindicato Nacional de Professores, (Sinprof), que até há pouco reivindicava a reconversão de cerca de cinco mil docentes.
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A autorização do Governo central aos governos provinciais para o preenchimento das vagas abertas nos últimos anos no sector poderá facilitar o processo, adiantou Américo Chicoty.
“Fruto da aprovação do decreto presidencial número 314 que autoriza os governos provinciais a fazerem uso das vagas deixadas no sistema integrado de gestão financeira do estado pelos falecidos, reformados, transferidos para as outras províncias os desistidos são vagas financeiramente cabimentado e por força deste decreto presidencial os governos provinciais estão autorizados a fazer o uso destas vagas”, sublinhou aquele responsável.
O Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) na Huíla, aplaude a medida, mas prefere ver para crer.
O secretário provincial, João Francisco, defende medidas mais ambiciosas que apontem por exemplo para a aprovação do estatuto de carreira docente.
“Para que também não haja mais esses ruídos no sector de greve ou não greve o que nós queríamos é que o governo tivesse a capacidade de olhar para este processo que se arrasta desde 2013 para aprovar já o novo estatuto de carreira docente e resolver o problema da actualização de categoria dos professores”, defendeu Francisco.
Com um défice de cerca de três mil professores, a província da Huíla tem um efectivo de pouco mais de 19 mil docentes do ensino não universitário.