As aulas em Malanje estão praticamente paralisadas, apesar algumas do do II ciclo do ensino secundário e adstritas a igrejas estarem abertas.
O secretário-geral provincial do Sindicato Nacional de Professores (SINPROF) Graça Manuel garante que nos primeiros dois dias a adesão foi de 98 por cento.
Manuel acusa o director-geral do Centro Pré-universitário (Puniv), Nicolau Gomes Spencer, de ter sonegado o comunicado da greve do SINPROF como forma de levar os docentes a leccionaram.
O primeiro secretário provincial do MPLA, Norberto Fernandes dos Santos, reuniu-se com alguns professores membros do seu partido aos quais apelou que regressem às aulas.
Com a ausência dos professores no período dos exames, o também governador Norberto dos Santos encontrou-se na quarta-feira, 26, com a direcção do SINPROF.
Graça Manuel disse que o chefe do Executivo foi informado sobre os motivos da paralisação dos professores e garante que a greve vai continuar até o dia 5 de Maio.
“Provavelmente o governador tivesse recebido má informação em relação aquilo que é a decisão sobre esta greve, mas o secretariado provincial deu informações sucintas relativamente às causas que levaram à segunda ronda da greve”, disse Graça Manuel.
Em comunicado, o Governo de Malanje afirmou ter registado com preocupação uma certa tendência de paralisação das aulas no ensino geral por parte de alguns professores de determinadas escolas na cidade de Malanje.
“Esta pretensão surge na sequência de uma atitude lamentável do Sindicato dos Professores (SINPROF), que quer a todo o custo comprometer o ano lectivo 2017”, lê-se no documento, que exorta os pais e encarregados de educação a encaminharem filhos e educandos à escola para que ninguém fique sem as respectivas avaliações.
“O professor como combatente da linha da frente, apela ao bom senso, o sentido patriótico e o elevado sentido de Estado por parte do corpo docente do ensino geral nesta província, a cumprir com as obrigações académicas ”, concluiu o Governo Provincial de Malanje.