Com festas em quase todas as esquinas, professores moçambicanos celebraram, nesta quarta-fgeira (12) a passagem do dia consagrado à classe, com expectativas de ver a solução das suas reclamações de salários condignos, a partir deste mês, através da tabela salarial única, aprovada esta semana.
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Num dia de sol escaldante, professores de todos os estratos sociais, idades e níveis de ensino, juntam-se em grupos, para festejar o amor a uma profissão.
Na Praia da Costa do Sol, em Maputo, foram vários grupos de professores que ali reuniram para celebrar o seu dia, festejando e reflectindo sobre uma carreira que para alguns, começou bem cedo.
"Eu comecei a dar aulas muito cedo. Aos 14 anos já dava os primeiros passos, muitos antes de ter uma formação para o efeito," disse Nazário Lázaro, professor de uma escola primária dos arredores da cidade de MAputo, já a caminho da reforma.
Enquanto uns entraram na docência por necessidades, há quem abraçou a carreira por uma questão de retribuição do que a vida lhe deu.
Valorização
"O Estado concedeu-me uma bolsa de estudos, formei-me e quando regressei ao país, julguei que devia retribuir o que me foi dado, transmitindo o conhecimento que recebi aos outros" disse a professora Anareta Carlos.
Mas porque não é só de paixão que se faz a profissão, novos e velhos profissionais reclamam da valorização, em termos salariais.
As celebrações deste ano acontecem na semana em que o governo anunciou a tabela salarial única, uma espécie de prémio que acalenta as expectativas de dias melhores para os professores.
"Um dos principais problemas que nos preocupava é que a tabela, no anterior formato, prejudicava os mais velhos. Neste momento, ainda não sabemos o que representa em termos de quantitativos, mas saudamos a iniciativa e aguardamos com toda a expectativa," disse Teodoro Muidumbe, Secretário Geral da Organização Nacional dos Professores.