A decisão saída da assembleia de professores do último fim-de-semana, contraria de resto a do Governo que já anunciou o alargamento do ano lectivo até ao próximo dia 15 de Janeiro de 2015 em face da greve de dois meses verificada no sector entre 2 de Junho a 5 de Agosto do corrente ano.
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Para o secretário provincial dos professores na Huíla, João Francisco, o alargamento do ano lectivo só terá o sim dos docentes, caso o executivo local decida repor os salários descontados dos meses de Agosto e Setembro.
“Transpor o dia 22 implica um compromisso escrito de repor os valores descontados ou duplicar o subsídio de férias. São esses elementos que podem fazer com que alguém se convença para além do dia 22”.
A assembleia dos professores foi a primeira realizada desde o levantamento da greve a 9 de Agosto passado.
João Francisco reconhece que os descontos efectuados nos salários devido a greve provocaram um abalo entre os professores, a juntar-se a isso, apontou algumas acções que visam fragilizar o sindicato, mas apelou a união da classe.
“Houve uma fragilidade tendo em conta as ameaças àquelas pressões que sofremos durante a greve. Alguns ainda estão abatidos, ainda não se recompuseram, esperamos que se recomponham o mais rápido possível para que se juntem a esta grande família, mas como vocês se aperceberam ainda há ânimo no seio dos professores”.
Por saber está na prática como as duas decisões dos professores e da entidade patronal sobre o fim do ano lectivo em curso, se irá verificar, dúvidas que só a realidade na ocasião irá dissipar.