Professores da Universidade Agostinho Neto ameaçam ficar em casa

Universidade Agostinho Neto - Luanda, Angola

Sindicato diz que Faculdade, Reitoria e Ministério do Ensino Superior não assumem responsabilidades na situação actual.

Os professores filiados no Sindicato de Professores do Ensino Superior (Sinpes) admitem avançar com uma greve na recta final do ano lectivo caso a administração da Universidade Agostinho Neto não responder favoravelmente às suas exigências.

Em causa está o baixo salário que auferem, com a agravante de que muitos professores viram os seus subsídios suspensos sem qualquer explicação da entidade patronal.

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Para Carlinhos Zassala, do Sinpes, "ser professor universitário a tempo integral hoje é quase um suicídio porque os professores estão completamente desmotivados”, por isso garante que “se o problema não for resolvido vamos ficar em casa e não trabalhar".

Aqueles professores questionam o facto de uma minoria continuar a receber subsídios, enquanto nenhuma instituição do Estado assume o problema.

Zassala diz que enquanto “a Faculdade afirma que o assunto é da competência da Reitoria, esta diz que o problema é do Ministério do Ensino Superior que, por sua vez, afirma que tal assunto não lhe compete".

Aquele sindicalista também critica a imprensa nacional que recusa dar voz aos professores.

A VOA tentou contactar o Ministério do Ensino Superior para esclarecer o assunto mas sem qualquer sucesso.