O Ministério Público da Guiné-Bissau notificou o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, e antigo candidato presidencial e líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam para se comparecerem nesta quinta-feira, 5, na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Domingos Simões Pereira diz desconhecer o objecto da notificação, enquanto Nuno Gomes Nabiam vai ser ouvido na sequência de declarações recentes sobre um hipotético plano de assalto ao Parlamento guineense.
Na opinião do PAIGC, a convocação do seu líder por parte da PGR, representa um acto de “perseguição e de intimidação” lançada pelo Presidente da República, José Mário Vaz, ao mesmo tempo que acusa o Chefe de Estado de assumir uma “postura errática e selectiva contra todos os que não se conformem com a politica ditatorial a ser implementada”.
Uma fonte do PAIGC disse, entretanto, que a notificação de Simões Pereira carece de legalidade porque “ele é um deputado, por isso antes de comparecer junto ao Ministério Público a sua imunidade parlamentar deve ser levantada, o que não foi o caso”.
A mesma fonte afasta a possibilidade do antigo primeiro-ministro ser ouvido esta quinta-feira na Procuradoria-geral da Republica.
O Ministério Público convocou ainda, para esta quinta-feira, o presidente da Assembleia do Povo Unido–Partido Democrático da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, no âmbito das suas recentes declarações sobre um hipotético plano de assalto ao parlamento guineense.
Ao reagir à notificação, a direcção superior daquela formação politica, dirigida pelo antigo candidato às eleições presidencias em 2104, contra o actual Presidente da República, José Mário Vaz, convocou os seus militantes e dirigentes para uma concentração na residência do Nabiam, momentos antes deste se dirigir para o Ministério Público.