Procuradoria-Geral da República de Angola criticada por erros na divulgação de governantes suspeitos de crimes

Em causa estão os vários processos judiciais que têm revelado supostos crimes de corrupção, peculato, impunidade e tentativas de burla ao estado angolano

A Procuradoria-Geral da República de Angola está ser alvo de várias
críticas da sociedade civil, por estar a incorrer em erros de
procedimentos quanto à revelação de nomes de governantes suspeitos de
envolvimento de crimes sem prévia notificação.

Seis meses depois de assumir a presidência de república, as políticas
de governação do presidente João Lourenço continuam a ser marcadas
por profundas mudanças e vários casos judiciais que envolvem altas
figuras do partido no poder.

A entrada em campo da Procuradoria-Geral da República tem produzido
várias reacções entre a classe política e na sociedade civil.

Em causa estão os vários processos judiciais que têm revelado supostos
crimes de corrupção, peculato, impunidade e tentativas de burla ao
estado angolano, cujos suspeitos são maioritariamente membros que
exerceram funções na estrutura governamental.

Entretanto, o Procurador-Geral da República veio, esta semana a
público, admitir um erro no processo ligado à tentativa de burla de
50 mil milhões de dólares envolvendo entidades angolanas, onde é
citado o nome do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas
Angolanas, General Sachipengo Nunda, que tomou conhecimento pela
imprensa como tendo sido constituído arguido.

Hélder Pitta Gróz reconhece, não ser correcto que o general venha a
saber pelos órgãos de comunicação social, sem que fosse feito em local
próprio.

O representante do ministério público culpou ainda o magistrado Luís
Benza Zanga, encarregue da apresentação pública, por este pecado por
omissão dos nomes dos outros três generais.

No principio desta semana o subprocurador da República, Luís Benza
Zanga, não hesitou revelar, em conferência de imprensa, os
nomes das figuras suspeitas de vários crimes e os processos que já
decorrem no ministério público.

Para falar sobre o assunto, ouvimos o jurista Carlos Veiga e o jurista Tito Cambanje:

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Procuradoria-Geral da República de Angola criticada por erros na divulgação de governantes suspeitos de crimes