Procurador especial não pede prisão para antigo Conselheiro de Segurança

Michael Flynn vai ao tribunal a 18 de Dezembro

Robert Muller diz que Michael Flynn deu importações informações aos investigadores

O procurador especial Robert Mueller, que investiga uma possível interferência russa nas eleições americanas de 2016, disse a um tribunal federal nesta terça-feira, 4, que o antigo Conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, deu "assistência substancial" à investigação russa e que por isso não deverá ser preso.

A equipa de Muller disse ter entrevistado Flynn em 19 ocasiões.

Os novos detalhes sobre como o antigo Conselho Nacional de Segurança ajudou a investigação do procurador especial vão aumentar a pressão sobre o Presidente Donald Trump, que atacou repetidamente a investigação de Mueller como uma "caça às bruxas".

Na semana passada, o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, declarou-se culpado por mentir ao Congresso sobre o seu trabalho na Trump Tower de Moscovo durante a campanha de 2016, ao mesmo tempo procuradores acusaram o ex-presidente da campanha Trump, Paul Manafort, de violar seu acordo de cooperação mentindo ao conselho especial.

O memorando agora revelado por Muller aponta pelo menos três investigações em andamento conduzidas pelo Ministro da Justiça.

Duas investigações criminais estão prontas e o escritório do procurador especial também diz que Flynn cooperou com a investigação sobre ligações ou contactos entre o governo russo e membros da campanha de Trump.

O procurador afirma que Flynn ajudou "numa série de questões, incluindo interações entre indivíduos da Equipa da Transição Presidencial e da Rússia".

Michael Flynn começou a cooperar com a investigação russa "logo após" a equipa de Mueller aproximar-se dele e declarou-se culpado de mentir aos investigadores federais a 1 de Dezembro de 2017.

Ele está no centro do que se acredita ser uma investigação sobre se Trump obstruiu a justiça.

Ele também foi investigado pela comunidade de inteligência e, provavelmente, por Mueller, pelos seus contactos com altos funcionários russos durante o curto período em que trabalhou no Governo.

Flynn foi um dos assessores mais próximos de Donald Trump durante a campanha de 2016 e ficou famoso por liderar um canção contra Hillary Clinton na Convenção Nacional Republicana.

Flynn foi Conselheiro de Segurança Nacional de Trump durante menos de um mês no início de 2017, tendo sido demitido depois que a procuradora Sally Yates disse a funcionários da Casa Branca que Flynn havia mentido ao vice-presidente Mike Pence sobre as suas conversa com o embaixador russo nos Washington, Sergey Kislyak.

Michael Flynn deve apresentar-se ao juiz federal Emmet Sullivan em Washington a 18 de Dezembro.