Prisão na Huílla com mais do dobro de detidos do que pode comportar

  • VOA Português

ნიკა მელია საკანში

Os reclusos detidos no principal estabelecimento prisional da comarca da província da Huíla reclamam da sobrelotação da cadeia e pedem de uma vez por todas uma solução das autoridades.

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Prisão na Huila tem mais do dobro de reclusos – 1:48


Concebido para receber 520 reclusos, o estabelecimento prisional acolhe presentemente 1.206, de longe acima das suas capacidades.

Numa altura em que se exige distanciamento social em função da pandemia de covid-19, os reclusos atribuem a sobrelotação a detenção de cidadãos por crimes que consideram de menor gravidade.

“ Queremos frisar sobre o grande índice de internamento de reclusos com crimes de menor gravidade que muitas das vezes poderiam ser aplicadas a caução, mas são legalizados o que prova a superlotação que se verifica neste estabelecimento penitenciário”, disse Sofonias Ndala, porta-voz dos reclusos da penitenciária da Huíla.

Para a procuradoria da república na Huíla é impossível dissociar a sobrelotação das cadeias à densidade populacional da região tida como uma das mais habitadas de Angola.

Para os crimes de menor gravidade que têm estado a contribuir no aumento da população penal, o procurador Enoque Wilson, diz estar em marcha ao nível central um plano para rever a situação.

“ Há um plano gizado que versa em diminuir a população penal naqueles crimes considerados de bagatela os ilícitos penais não de grande proporcionalidade situações que se prendem com injúrias como as difamações e calúnias alguns crimes de abuso de confiança de valores diminutos”, disse

A somar a estas questões estão os problemas financeiros que paralisaram em alguns casos há mais de seis anos a conclusão das obras de três estabelecimentos prisionais, que estão a ser erguidos nos municípios de Matala, Caluquembe e Caconda.