A sobrelotação da cadeia central do Lubango acima do dobro e a dificuldade de movimentação interna de reclusos para as sessões de julgamento ou transferências está a tirar o sono dos serviços penitenciários da Huíla.
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Na cadeia central do Lubango estão neste momento 1.176 reclusos mais de 500 da sua capacidade.
O director provincial da Huíla dos serviços penitenciários, Miguel Gaspar, perante o problema associado a movimentação interna dos reclusos lança o grito de socorro.
«Há julgamentos que se fazem nos outros municípios quer na Jamba, Kuvango, Chipindo e há necessidade de pormos lá os reclusos não temos capacidade em termos de transportes”, disse acrescentando que “às vezes temos que levar os reclusos de comboio nas áreas onde passa o comboio e é um risco e todos os dias 250 quilómetros também é um risco».
Os dois estabelecimentos prisionais que poderiam servir de alternativa à cadeia central do Lubango nas circunscrições de Caconda e Matala há muito aguardam por obras de reabilitação.
«A Caconda temos uma cadeia que também devia desafogar a cadeia da Huíla neste momento encontra-se sem chama”, disse Gaspar.
“Na Matala uma estrutura já está há três anos paralisada já reclamamos por várias vezes e nunca tivemos solução nisto»”, acrescentou Miguel Gaspar, quando apresentava as dificuldades do sector num encontro recente com o juiz presidente do Tribunal Supremo de Angola Rui Ferreira.
Os estabelecimentos prisionais do Bentiaba no Namibe e Peu-Peu no Cunene, são as demais alternativas de acomodação de reclusos na região.