A greve-geral na função pública da Guiné-Bissau afecta o maior hospital do país, . Os serviços mínimos, observados pelos sindicatos do sector de saúde que aderiram à paralisação, não conseguiram dar resposta aos pacientes.
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“Quando a greve atinge o Hospital já é triste”, lamentou à VOA um utente do Hospital Nacional Simão Mendes.
A paralisação, convocada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), tem duração de três dias.
A UNTG, a principal central sindical do país, revindica, entre outros, o reajuste salarial na função pública, um dos compromissos assumidos pelo Governo desde janeiro deste ano.
Para os sindicatos, o executivo não respeita o acordo assinado entre as partes.
O Governo, através do ministro da Economia e das Finanças, João Aladje Mamadu Fadia, diz que qualquer reivindicação deverá ser justa, dando a entender que a da função pública não é.
“Todo o mundo quer ter melhor salario, mas nós sabemos a situação caótica em que se encontra a nossa administração pública”, diz Fadia.
Para ele, a função pública tem muita gente “e hoje a factura salarial da Guiné-Bissau está perto de quatro mil milhões de francos cfa. Isso é insustentável”.
Contudo, a Central Sindical guineense disse estar disponível para as negociações, com vista a ultrapassar o diferendo.
O sindicalista Júlio Mendonça diz que “estamos disponíveis e demonstramos sempre isso. Mas, a verdade é que o Governo tentou apenas nos persuadir, de forma verbal, sem uma proposta concreta”.