Os dois maiores partidos políticos na Guiné-Bissau continuam a tentar encontrar uma solução para a crise que assola o país há um ano.
Após três rondas negociais entre o PAIGC, partido vencedor das eleições de 2015, e PRS, que suporta o Governo actual, não há qualquer fumo de acordo.
Carlitos Barai, um dos elementos da delegação do PRS nas conversações esclarece que o termo adequado que se deve empregar para descrever as reuniões entre as partes é “diálogo institucional”.
“Não estamos a negociar nada com o PAIGC, não. Eles nos solicitaram um diálogo institucional sobre como salvar o que resta da nona Legislatura”, reiterou Barai.
Da parte do PAIGC, fala-se muito de optimismo.
Manecas dos Santos, um dos representantes do PAIGC nas reuniões, advoga que não vai aceitar um Governo, cuja base política está a ser sustentada pelo PRS e o grupo dos 15 deputados expulsos do partido.
“Este governo por ser liderado por um dos 15 deputados expulsos do partido, nós não vamos aceitar, contudo, espero que vamos chegar a um acordo”, reiterou Santos.
A agenda do próximo encontro entre as partes vai depender do resultado da reunião da Comissão Política do PRS, cuja delegação nas conversações com o PAIGC irá reportar o conteúdo das conversações até aqui desenvolvidas.
Enquanto isso, a reunião da Comissão Permanente do Parlamento, que devia indicar uma data para a sessão extraordinária, visando a discussão e votação do programa do Governo, terminou sem qualquer acordo.