As duas centrais sindicais cabo-verdianas consideram que os trabalhadores assinalam o Primeiro de Maio de 2017 com muitas preocupações e algumas expectativas na melhoria das condições de vida.
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O secretário-geral da Confederação Cabo-verdiana dos Sindicatos Livres (CCSL), José Manuel Vaz, diz que a taxa de desemprego é elevada, rondando os 15 por cento, o poder de compra está num nível baixo, sem esquecer outras dificuldades que afectam a classe trabalhadora.
No entanto, o sindicalista reconhece que houve melhorias para determinadas categorias profissionais "depois de uma longa caminhada de luta".
José Manuel Vaz afirma que a Confederação dos sindicatos livres não vai baixar os braços e continuará com a mesma determinação a exigir a resolução dos principais problemas que os trabalhadores do arquipélago enfrentam.
Por seu lado, a responsável máximo da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos-Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, é de opinião que os trabalhadores não têm motivos para sorrir, tendo em conta um conjunto de constrangimentos por que passam.
A sindicalista fala do número elevado de jovens desempregados, muitos com a formação superior, despedimentos em algumas Câmaras Municipais e outras estruturas, a não actualização salarial, entre outras situações.
Joaquina Almeida defende a negociação colectiva de trabalho, por entender que se trata de um bom instrumento para salvaguardar os interesses dos trabalhadores.
A secretária-geral da UNTC-CS advoga também a implementação do subsídio do desemprego aprovado em 2015, um dos ganhos alcançados na sequência da discussão do código laboral em vigor.