A primeira entrega de vacinas contra a varíola chegará à República Democrática do Congo (RDC) na quinta-feira, 5, informou o organismo de controlo sanitário da União Africana.
“Estamos muito satisfeitos com a chegada deste primeiro lote de vacinas à RDC”, disse à AFP Jean Kaseya, chefe dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças, acrescentando que eram esperadas mais de 99.000 doses.
O vasto país da África Central, com cerca de 100 milhões de habitantes, está no epicentro do surto de varíola, com casos e mortes a aumentar.
Mais de 17.500 casos e 629 mortes foram registados no país desde o início do ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
“Agradecemos à União Europeia, através da Autoridade Europeia de Resposta a Emergências Sanitárias, por ter respondido imediatamente ao nosso apelo de solidariedade”, afirmou a Kaseya.
A OMS declarou uma emergência internacional devido ao mpox a 14 de agosto, preocupada com o aumento do número de casos da nova estirpe Clade 1b na RDC, que se propagou aos países vizinhos.
Em África, o mpox está agora presente em 13 países, incluindo o Burundi, o Congo-Brazzaville e a República Centro-Africana, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças África de 27 de agosto.
Fora do continente, o vírus foi também detectado na Suécia, no Paquistão e nas Filipinas.
Anteriormente designado por varíola do macaco, o vírus foi descoberto em 1958 na Dinamarca, em macacos mantidos para investigação.
Foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970, no que é atualmente a RDC.
A varíola é causada por um vírus transmitido aos seres humanos por animais infectados, mas também pode ser transmitida de pessoa para pessoa através de um contacto físico próximo.
A doença provoca febre, dores musculares e grandes lesões cutâneas semelhantes a furúnculos.