Presos dois antigos polícias militares acusados de matar Marielle Franco

Vereadora do Rio de Janeiro foi assassinada a 14 de Março de 2018

Agentes da Divisão de Homicídios da Polícia e procuradores do Ministério Público do Rio de Janeiro, no Brasil, prenderam, na manhã desta terça-feira, 12, os ex-polícias militares Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, acusados de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes.

A acusação diz que Ronnie Lessa é o autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson, enquanto Élcio Vieira de Queiroz conduziu o carro de onde saíram os tiros.

A investigação ainda tenta esclarecer, no entanto, quem foram os mandantes do crime e a motivação.

A “Operação Lume” realiza ainda mandados de busca e apreensão contra os denunciados para apreender documentos, telefones celulares, blocos de notas, computadores, armas, acessórios, munição e outros objectos.

Após a prisão de Ronnie Lessa, agentes fizeram uma "limpeza" no terreno da casa dele e encontraram armas e facas.

“É incontestável que Marielle Francisco da Silva foi sumariamente executada em razão da actuação política na defesa das causas que defendia”, diz a acusação, acrescentando que a barbárie praticada na noite de 14 de Março do ano passado foi um golpe ao Estado Democrático de Direito.

Numa primeira reacção, o deputado federal Marcelo Freixo, do Partido da Solidariedade, a que pertencia Marielle Franco, disse que, apesar das duas prisões, o caso "não está resolvido".

"São prisões importantes, são tardias. É inaceitável que a gente demore um ano para ter alguma resposta. Então, evidente que isso vai ser visto com calma, mas a gente acha um passo decisivo. Mas o caso não está resolvido. Ele tem um primeiro passo de saber quem executou. Mas a gente não aceita a versão de ódio ou de motivação passional dessas pessoas que sequer sabiam quem era Marielle direito", disse, em declarações à rede Globo.