A Polícia Federal (PF) brasileira prendeu nesta quarta-feira o senador do PT Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado.
Investigadores disseram que o senador foi preso por estar a atrapalhar as apurações da Operação Lava Jato.
Também foram presos pela PF nesta manhã o banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual e o chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira.
A prisão de Esteves está ligada a inquéritos no âmbito da Lava Jato que tramitam no Supremo Tribunal Federal.
Em comunicado, o BTG Pactual informou que "está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.”
As prisões solicitadas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
As prisões de Delcídio e de Ribeiro são preventivas, ou seja por tempo indeterminado.
O senador do partido do Governo de Dilma Roussef foi preso por tentar dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Investigadores disseram que Delcídio chegou até a oferecer fuga a Cerveró, para que o ex-director não fizesse a delação premiada, o que reforçou para as autoridades a tentativa do petista de obstruir a Justiça.
A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho de Cerveró, que mostra a tentativa do senador de atrapalhar as investigações e de oferecer fuga para o ex-director não fazer a delação.
Após a prisão de Delcídio, o ministro Teori Zavascki, do STF, leu numa sessão do tribunal as alegações da PGR.
No pedido de prisão, a procuradoria afirma que Delcídio chegou a oferecer 50 mil reais mensais(cerca de 150 mil dólares) para Cerveró em troca de o ex-director não citar o senador na delação premiada.
A assessoria do senador informou que o advogado dele, Maurício Leite, está em Brasília a acompanhar o caso.