O Presidente russo não vai à África do Sul participar na 15ª cimeira dos chamados BRICS, grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se realiza em Joanesburgo de 22 a 24 de agosto.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 19, pela Presidência sul-africana, pondo fim a meses de especulação sobre o assunto em virtude de haver um mandado de captura contra Vladimir Putin, emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) pelo crime de guerra de "deportação" de crianças ucranianas.
O porta-voz de Cyril Ramaphosa, Vincent Magwenya, disse que "por acordo mútuo, o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, não participará da cimeira", onde a Rússia será representada por seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Esta decisão foi tomada após "uma série de consultas" conduzidas pelo Presidente Cyril Ramaphosa nos últimos meses, a última das quais "ontem à noite", disse Magwenya em um comunicado à imprensa.
Numa recente entrevista à imprensa local, o vice-presidente sul-africano, Paul Mashatile, disse que Governo estava a tentar convencer Vladimir Putin a não comparecer à reunião.
Como membro do TPI, a África do Sul deve, teoricamente, prender Putin se ele entrar no seu território.
Entretanto, Pretória incrementou recentemente os seus laços com Moscovo, com a realização de exercícios militares, e se recusou a condenar a invasão russa da Ucrânia.