O Governo da Guiné-Bissau diz que a Presidência exercida por Umaro Sissoco Embaló à frente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) foi "coroada de êxitos", tanto no fortalecimento da organização, como na mediação de conflitos e na promoção do país.
"Nos 50 anos de independência que se comemoram neste ano, nunca a Guiné-Bissau foi tão conhecida e falada como agora", destaca a ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros que realça o facto de o Presidente ter tido uma intervenção "activa em vários assuntos internacionais", como, por exemplo, ao "visitar a Ucrânia e a Rússia" e ser "chamado a ajudar na mediação do conflito" entre a República Democrática do Congo e o Rwanda.
Your browser doesn’t support HTML5
Em entrevista à Voz da América dois dias antes da cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que se realiza em Bissau neste domingo, 9, Suzi Barbosa afirma que o país "passa a Presidência com consciência de que tudo fizemos para tentar conseguir a estabilização da região".
Ante a situação prevalecente de juntas militares na Guiné-Conacri, Mali e Burkina Faso e a não entrada em funcionamento, como prometido pelo Presidente em exercício,de uma força de intervenção em casos de golpes de Estado e ataques terroristas, Barbosa diz que foram usados "todos os meios disponíveis à nossa disposição" e enfatiza que, depois de muito tempo, a força está a sair do papel e, inclusive, "foi tratada na agenda da reunião do Conselho de Ministros que decorre nesta sexta-feira", em Bissau.
Veja Também Presidência da CEDEAO: Da falta de mais resultados à projecção da Guiné-Bissau e de Sissoco EmbalóA chefe da diplomacia guineense destaca os "tempos difíceis que vivemos hoje", com conflitos, refugiados, crise económica, mas sublinha que a CEDEAO está unida para enfrentar esses desafios e lembra a rebelião do grupo Wagner, "que está presente do Mali", facto que merece muita atenção.
Suzi Barbosa confirma que o Presidente guineense não será candidato a um segundo mandato à frente da CEDEAO por ser defensor do que "ele chama de Princípio de Bissau, ao defender que cada país deve ter apenas um mandato para prevenir a rotatividade".
Na cimeira de domingo, em que será eleito o novo Presidente em exercício da organização, Sissoco Embaló vai ser reconhecido como "embaixador da boa vontade e da paz como prémio pelo seu trabalho", conclui a ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau.
Acompanhe a entrevista na íntegra.