O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve tomar medidas adicionais nos próximos dias para limitar a imigração legal, como a restrição a refugiados e bloqueio de vistos para pessoas de países de maioria muçulmana no Médio Oriente e norte da África, incluindo Síria, Sudão, Somália, Iraque, Irão, Líbia e Iémen.
A intenção das propostas, segundo Trump, é evitar a violência islâmica no país, embora críticos digam que isso mancha a reputação dos país como um lugar que acolhe migrantes de todas as origens.
Trump assinou duas medidas que definem a construção de um muro ao longo da fronteira de cerca de 3.200 quilómetros entre México e Estados Unidos e que retira recursos federais de cidades e Estados "santuários", que abrigam imigrantes ilegais.
"Estamos no meio de uma crise na nossa fronteira sul. A onda sem precedentes de migrantes ilegais da América Central prejudica tanto o México como os Estados Unidos", afirmou Trump em comentários no Departamento de Segurança Interna.
Os planos do Presidente provocaram um protesto imediato dos defensores dos imigrantes, que dizem que Trump coloca em perigo os direitos e liberdades de milhões de pessoas, além de tratar o México como um inimigo e não um aliado.
Autoridades locais em cidades como Nova York, Los Angeles, Chicago, Filadélfia, Boston, Denver, Washington, San Francisco e Seattle oferecem algumas formas de protecção a imigrantes ilegais.
"O povo norte-americano não vai mais ter que ser forçado a subsidiar essa desconsideração pelas nossas leis", afirmou Sean Spicer, secretário de imprensa da Casa Branca.
Em entrevista à ABC nesta quarta-feira, Trump disse que a construção do muro começa em meses, mas o planeamento inicia de imediato, e que o México vai pagar "100 por cento" dos custos.
"Construir essa barreira é mais que uma promessa de campanha, é uma primeira medida de senso comum para realmente fazer a segurança da fronteira", sublinhou o porta-voz de Trumo, que acredita que "isso vai conter o fluxo de drogas, crimes e imigração ilegal para os Estados Unidos".
"Vamos ser reembolsados depois pela transação que viermos a fazer com o México", disse Trump à ABC, reiterando que o muro sera bom também para o México. Queremos ter um México muito estável e muito sólido."
México não paga
Entretanto, o Presidente mexicano reiterou na noite de quarta-feira, 25, que o seu país não irá pagar a construção do muro.
Num post colocado no Twitter, Enrique Peña Nieto garantiu que “não pagaremos por nenhum muro porque o México é contra muros”, mas não revelou se vai cancelar ou não a visita que deve realizar a Washington nos próximos dias.