O Presidente de São Tomé e Príncipe falou pela primeira vez depois dos tumultos registados na segunda-feira, 8, quando apoiantes dos partidos da oposição protestaram contra recontagem dos votos no distrito de Água Grande e queimaram o carro da juiza que liderava o processo.
Antes de viajar para a Guiné Equatorial para participar nos festejos do dia da independência daquele país, Evaristo Carvalho, exigiu a "responsabilização dos autores dos desacatos pós-eleitoral".
No que toca ao apelo da oposição para que ele queimeetapas e convoque a formação do novo Governo, Carvalho disse que vai agir de acordo com a lei, ou seja, após a divulgação dos resultados definitivos e a constituição da nova Assembleia Nacional ele irá convidar o partido mais votado para forma o Executivo.
Juiza abandona processo
Entretanto, a juíza Natacha Amado Vaz decidiu solicitar ao Tribunal Constitucional o seu afastamento no processo de apuramento dos resultados da eleição de domingo passado no distrito de Água Grande.
Em comunicado, a juíza justifica a sua decisão com o facto de que “nem a Comissão Eleitoral Nacional nem o Tribunal Constitucional diligenciaram no sentido de esclarecer os partidos políticos e a população que o procedimento feito pela Comissão Distrital de Água Grande corresponde à prática em todos os processos eleitorais”.
A magistrada lamentou a falta de esclarecimento que eliminaria qualquer suspeição sobre a sua pessoa e o seu bom-nome.
A VOA sabe que os trabalhos de verificação dos votos nulos e brancos pelas Assembleias de Apuramento Distrital poderão ser retomados a qualquer momento.
Entretanto, o Governo proibiu todas as manifestações populares agendadas para os próximos dias.