Os membros do Comité Central do MPLA, na sua maioria, defenderam na reunião do órgão na sexta-feira, 16, que o Presidente da República deve ser o líder do MPLA.
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Entretanto, eles não chegaram a acordo sobre o congresso extraordinário que vai marcar, em princípio, a saída de José Eduardo dos Santos.
Na reunião, Santos propôs que a reunião magna tenha lugar entre Dezembro de 2018 e Abril do próximo ano, proposta que não foi aceite pelos conselheiros.
Após a reunião, várias interpretações foram feitas, entre elas de que a proposta do presidente do partido tinha sido rejeitada, pela primeira vez na história.
Mais tarde, o porta-voz do partido, Norberto Garcia, emitiu um comunicado a negar que a proposta de José Eduardo dos Santos tenha sido rejeitada, mas que houve um “melhoramento” da proposta.
Uma fonte do Comité Central disse à VOA que o Bureau Político do MPLA vai decidir em Abril ou Maio a data do congresso.
José Eduardo dos Santos, no entanto, mantém firme na sua proposta de realizar o congresso extraordinário entre Dezembro deste ano e Abril de 2019.
Quem o diz é Bento Kangamba, um dos membros presentes na reunião do Comité Central.
“Ele é líder”, disse.
A VOA contactou vários membros do Comité Central que na sua maioria afirmam ser unânime entre os "camaradas" que quem dirige o país dirija o partido com vista a uma maior coordenação.
Entretanto, há muitas vozes fora do MPLA a defenderem que o Presidente da República não deve ser líder de nenhum partido.