Uma semana após o desaparecimento de mais de 100 alunas de uma escola no nordeste na Nigéria após um ataque do grupo extremista Boko Haram, o Presidente nigeriano Muhammadu Buhari admitiu nesta segunda-feira, 26, que elas foram sequestradas.
"O Governo está ao lado das estudantes de Dapchi que foram sequestradas", declarou Buhari durante a visita à Presidência de uma delegações de ex-reféns do Boko Haram libertados no ínicio do mês.
É a primeira vez que termo sequestro é utilizado de maneira oficial.
Até então, as autoridades se referiam a "desaparecimento" - e não "sequestro" -, e os pais não sabiam se elas tinham sido raptadas ou se tinham fugido para a selva.
"Ordenei todas as agências de segurança do país a garantir a segurança em nossas escolas e de trazer nossas filhas sequestradas de volta às suas famílias", ressaltou o chefe de Estado.
O ataque aconteceu há uma semana.
De acordo com moradores ouvidos pelas agências de notícias, no passado dia 19milicianos do grupo extremista nigeriano, fortemente armados, atacaram a cidade de Dapchi.
Eles atiraram para o alto e detonaram granadas.
Muitas estudantes e professoras fugiram pelo medo de sequestro, mas 110 outras não tiveram a mesma sorte.
Na última sexta, os pais das meninas afirmaram que 105 continuavam desaparecidas.
Em Abril, complete o quarto ano de outro sequestro em massa das alunas, 276 no total, em Chibok.