Presidente guineense promulga OGE e central sindical promete avançar com protestos

O Orçamento Geral do Estado, que incluiu chorudos subsídios aos titulares de órgãos de soberania, tem um défice de 42 por cento

O Presidente da Guiné-Bissau promulgou o Orçamento Geral de Estado (OGE), recentemente aprovado pelo Parlamento, mas que foi alvo de muitas críticas da oposição, dos sindicatos e de certos analistas.

A informação consta de uma nota emitida pelo Gabinete de Comunicação Institucional da Presidência no final da quinta-feira, 28.

Aprovado em dezembro passado, o OGE apresenta uma défice de 42 por cento, ou seja são necessários 234 milhões de dólares americanos, de um total de 556 milhões de dólares necessários para realizar o que está previsto no documento.

Para sustentar o OGE, o Governo liderado por Nuno Gomes Nabian aumentou e introduziu novos impostos, mas incluiu subsídios aos titulares dos órgãos de soberania considerados “astronómicos” pelos críticos.

O Chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló, vai auferir um subsídio anual de um milhão e 200 mil dólares americanos, o presidente do Parlamento e o primeiro-ministro receberão 500 mil dólares cada e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça terá 200 mil dólares por ano.

A central sindical União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) criticou o OGE e prometeu várias acções contra esse importante instrumento de gestão do Estados nos próximos tempos.