O Presidente da Guiné-Bissau acusa algumas figuras políticas do país de não estarem interessadas em resolver a crise na Guiné-Bissau.
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José Mário Vaz fez esta declaração nesta segunda-feira, 11 de Setembro, no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, quando questionado sobre o prazo de três meses que ele tinha pedido à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para resolver a crise política actual.
“As pessoas que estão diretamente ligadas ao acordo de Conacri, que são subscritoras do acordo”, são os responsáveis pela situação, afirmou Vaz.
“O que é que o Presidente não fez e o que é que os outros não fizeram para a implementação do acordo de Conacry?, começou por dizer José Mário Vaz, antes da sua partida para a República do Congo, para uma visita oficial de 24 horas".
"Eu não assinei o acordo de Conacry. Sessenta dias após a entrega do relatório, eu tentei organizar uma reunião com as partes, que devia fechar com o Conselho de Estado, infelizmente, nessa altura, quando tentei contactar as partes, ninguém estava cá. Estavam todos no estrangeiro", justificou José Mário Vaz, dizendo que não vale a pena estar no estrangeiro e mandar recado para a comunidade internacional ou estar no país a mandar recado para o exterior.
A Guiné-Bissau encontra-se mergulhada numa crie política, despoletada em 2015, com a demissão do Governo do PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira.
Desde Outubro de 2016, a oposição tem exigido o cumprimento do acordo assinado em Conacry, que previa a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do Presidente da República, e a formação de um Governo de inclusão.