Presidente em exercício da CEDEAO pede nova abordagem à situação dos países onde houve golpe

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Chefes de Estado dos países da CEDEAO presentes na cimeira em Abuja, Nigéria, 24 fevereiro 2024

Mali, Níger e Burkina Faso anunciaram a saída da organização

O Presidente da Nigéria instou os seus homólogos da África Ocidental a repensarem a sua estratégia em relação aos Estados alvos de golpes de Estado, ao abrir neste sábado, 24, em Abuja, uma cimeira de emergência da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

“Apresento-me hoje diante de vós sobrecarregado pelo peso dos desafios que enfrentamos”, disse Bola Tinubu.

Após os recentes golpes de Estado no Mali, Burkina Faso, Níger e Guiné-Conacri, Tinubu afirmou que "devemos reexaminar a nossa abordagem atual na busca da ordem constitucional em quatro dos nossos Estados membros".

Os quatro países foram suspensos da organização e não estiveram representados na cimeira de hoje.

O Mali, o Burkina Faso e o Níger declararam a sua intenção de se retirarem permanentemente do bloco em Janeiro, mas Tinubu exortou-os a "reconsiderar a decisão" e disse que "não deveriam considerar a nossa organização como inimiga".

Os líderes militares daqueles três países acusaram a antiga potência colonial França de instrumentalizar a CEDEAO e expulsaram os embaixadores e forças francesas, ao mesmo tempo que se aproximam política e militarmente da Rússia.

No final da cimeira deve haver uma declaração sobre as decisões tomadas pela CEDEAO.

C/AFP