O Presidente de Cabo Verde fez um apelo a um esforço nacional para dar um combate eficaz à Covid-19 e o primeiro-ministro defendeu a vacinação e anunciou o recrutamento de mais profissionais de saúde para reforçar a resposta dos hospitais e centro de saúde ante o aumento exponencial de casos registados nas últimas semanas devido à variante ómicron.
Veja Também "Não há desculpas para não se vacinar", diz Biden ante expansão da Covid-19 no paísJosé Maria Neves e Ulisses Correia e Silva proferiram essas declarações numa mensagem conjunta à nação nesta quarta-feira, 5, um dia depois de o país ter batido mais um recorde de casos da Covid-19, 1.022, apesar de mais de 70 por cento da população adulta estar completamente vacinada.
Ambos fizeram um apelo a que todas as pessoas se vacinem e respeitem as ordens sanitárias, nomeadamente o cuidado pessoal, como uso de máscara e distanciamento físico.
"É preciso que todas as pessoas que todas as pessoas com 12 anos ou mais tomem uma posição, a posição mais acertada que é vacinar e proteger. Ao mesmo tempo é preciso que o uso de máscaras continue no nosso dia-a-dia”, disse Ulisses Correia e Silva, sublinhando que “a vacinação é a nossa força”.
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O chefe do Governo, por outro lado, anunciou o recrutamento de mais profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros, para “reforçar as respostas” nos hospitais e centros de saúde.
“Temos, por isso, todas as razões para cerrar fileiras e fazer aquilo que deve ser feito em nome de cada cabo-verdiano e em nome do país”, sublinhou Ulisses Correia e Silva.
Presidente adverte para resultados catastróficos
O Presidente da República, por seu lado, apelou também ao cerrar de fileiras contra a pandemia, através da vacinação e do respeito pelas orientações médicas.
A “situação sanitária que vivemos hoje é grave e isso é fundamental para que todos nos reflictamos e coordenemos para podermos agir”, afirmou José Maria Neves, quem avisou que “se não se der rapidamente uma inversão dos números de infecção por Covid-19, na sua mais recente mutação, os resultados podem ser catastróficos em toda a linha”, disse José Maria Neves.
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O chefe de Estado alertou ainda que “podemos pôr em causa todos os ganhos que já conseguimos justamente no momento em que nos parecia que tudo caminhava para uma situação animadora”.
Para Neves, o crescimento do número de casos “pode estar relacionado com o progressivo relaxamento das medidas sanitárias em vigor a par da realização de vários eventos durante as últimas semanas e que terão propiciado a aglomeração de pessoas e a disseminação do vírus”.
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Depois de semanas em que a média de casos diários não chegava a 20, o país passou a registar, há pouco mais de duas semanas, números exponenciais com recordes diários.
Entre segunda e terça-feira, foram registadas 1.025 infecções.
Dados revelam que o país tem um taxa de incidência acumulada de 810 casos por 100 mil habitantes, uma taxa de transmissibilidade de 2,52, taxa de positividade de 21,2% e uma taxa de ocupação hospitalar de 30%.
Até agora, 84,1% dos adultos no país foram imunizados com a primeira dose, 70,8% com a segunda, 1,8% com a dose de reforço e 46,5% dos menores dos 12 aos 17 anos receberam a primeira dose.
Desde o início da pandemia o total acumulado de óbitos é 354 óbitos, de um total de 44.592 casos.