O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, nomeou o seu filho, Muhoozi Kainerugaba, para chefiar as forças de defesa do país, informou o governo da nação africana.
O anúncio feito pelo Ministério da Defesa na noite de quinta-feira, 21, seguiu-se a anos de especulação de que Kainerugaba, cujas explosões nas redes sociais provocaram tumultos diplomáticos, estava a ser preparado para o cargo mais alto.
Embora o general de 49 anos tenha negado no passado as alegações de que tencionava suceder ao seu pai - um dos líderes mais antigos de África - ele teve uma rápida ascensão nas fileiras do exército do Uganda.
Numa publicação no X, agora apagada, no ano passado, Kainerugaba disse que tencionava candidatar-se à presidência nas eleições de 2026.
Também pareceu fazer uma crítica ao seu pai, escrevendo: "Quantos concordam comigo que chegou a nossa hora? Basta de os velhos nos governarem. De nos dominarem. Está na altura de a nossa geração brilhar. Retweet e gosto".
Depois de uma polémica em 2022 devido a uma publicação de Kainerugaba que ameaçava invadir o Quénia, Museveni, de 79 anos, procurou controlar o seu filho dizendo-lhe para não usar as redes sociais quando se trata de assuntos de Estado.
Museveni, que pediu desculpa ao Quénia pela publicação, defendeu, no entanto, o seu filho como um "excelente general" e promoveu-o a esse posto apenas alguns dias após o início da polémica.
O anúncio de quinta-feira fez parte de uma remodelação no seio do Governo, tendo o antigo chefe do exército, general Wilson Mbasu Mbadi, sido nomeado ministro-adjunto do Comércio.