O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, defendeu a necessidade de um diálogo com aqueles que desviaram fundos do país para o estrangeiro e que estejam dispostos a negociar o retorno dessas quantias.
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Numa entrevista em Cabo Verde à Voz da América o líder o maior partido da oposição angolana disse que até agora o combate à corrupção “não trouxe ainda benefícios extraordinários”.
“Nós sabemos que os benefícios são mínimos e sabemos tambèm que há centenas de pessoas milionárias desejosas de uma porta entreaberta para poderem negociar com o estado o retorno e tambèm alguma acomodação que depois traz benefícios para o tesouro público”, disse Adalberto Costa Júnior.
“Penso que é preciso deixar as teimosias de lado, pensar Angola, procurar dar estes passos no mais amplo consenso nacional porque não se deve fazer este trabalho de forma isolada e de facto acabar com o proteccionismo de uns”, acrescentou.
O presidente da Unita esteve em Cabo Verde no último fim de semana, onde participou como convidado na 12a Convenção do Movimento para a Democracia e analisou o processo das autarquias em Cabo Verde
Adalberto da Costa Júnior elogiou o grande trabalho feito pelo arquipélago no processo de desenvolvimento local e lamenta que o Governo angolano ainda não tenha dado sinais claros e criado condições para a realização de eleições autárquicas este ano em Angola.