O presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, assegura que a agremiação partidária não vai “atirar a toalha ao tapete”, apesar do descalabro originado pela perda de todos os mandatos no Parlamento.
Enquanto isso, a coligação reúne provas para mostrar que foi afastada de forma fraudulenta e deselegante do Parlamento, pela CNE.
“Vamos ter que nos reiventar para aguentarmos este período que vai até 2027”, afirmou o político, em conversa com a VOA.
Veja Também Angola eleições: UNITA, PRS e CASA-CE apontam para o Tribunal ConstitucionalFernandes anunciou que os quatro partidos integrantes vão ter “um encontro de reflexão para avaliarmos com realismo onde é que a gente falhou do ponto de vista estratégico e depois decidirmos qual vai ser o rumo a seguir”.
O presidente da coligação olha para as eleições autárquicas como um novo desafio que se coloca à CASA-CE e afirma que “os momentos de crises também são momentos de oportunidades”.
Veja Também Angola Eleições: MPLA ganha sem maioria qualificada, UNITA sobe e CASA-CE deixa o ParlamentoO líder da CASA-CE reconheceu que a organização estava consciente de que a crise de liderança, que resultou no afastamento do líder-fundador Abel Chivukuvuku iria pesar nos resultados eleitorais.
“Devemos reconhecer que as crises que tivemos nos levariam a um resultado não muito bem conseguido como desejaríamos, mas nunca a zero deputado”, disse.
Ainda assim, o político disse que a organização “foi afastada de forma fraudulenta e deselegante do Parlamento, pela CNE, não por vontade popular ou por nossas fracas capacidades políticas. Nós reconhecemos o nosso potencial e a prova é que os dados divulgados não vão ao encontro à realidade”.
Manuel Fernandes concluiu que a plataforma está a juntar provas reveladoras de que “ os mandatos foram-nos retirado pela CNE porque os números que foram anunciados não são reais”.