O Presidente-cessante da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, pode estar a condicionar a formação do novo Governo à prorrogação do seu mandato até as eleições presidenciais.
A notícia é publicada pela e-Global, que cita uma fonte partidária, segundo a qual “José Mário Vaz quer ter plenos poderes até ao fim”.
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As eleições estão agendadas para 24 de Novembro deste ano.
Esta posição surge após um longo impasse que terminou com a indicação de Aristides Gomes para o cargo de Primeiro-ministro, na semana passada.
Nomeado a 22 de junho, através e um decreto presidencial, Aristides Gomes, entregou ao Presidente, José Mário Vaz, a lista completa do seu elenco governamental, mas, este, não procedeu as respectivas nomeações.
O mandato de José Mário Vaz terminou este domingo, 23. Em função disso, os seus poderes são limitados, conforme determina a Constituição da República.
Cidadãos querem José Mário Vaz fora do palácio
Entretanto, nesta segunda-feira, 24, o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados saiu à rua para exigir que José Mário Vaz abandone o palácio presidencial.
O trajecto da manifestação passaria pela sede do parlamento, o que foi impedido pela Policia de Intervenção Rápida.
Apesar dessa obstrução, os manifestantes entregaram ao presidente do Parlamento, Cipriano Cassamá, uma carta aberta, na qual exigem que ele assuma interinamente a Presidência da República.
O Movimento fundamenta que “em nenhuma norma constitucional vislumbra que o presidente-cessante mantém-se no poder até a tomada de posse no novo presidente ”.
Durante a marcha gritavam “JOMAV (José Manuel Vaz) não é o nosso Presidente da República, nunca mais! JOMAV jamais é o nosso Presidente da República e nunca mais será o nosso Presidente da República!