O Presidente de Angola, João Lourenço, frisou que os estados africanos estão "muito aquém" dos compromissos assumidos na Declaração de Malabo, o documento assinado por chefes de governo africanos em 2014, para dinamizar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar.
Lourenço pediu ainda para os países fazerem da agricultura uma prioridade. "Devemos colocar a agricultura entre as mais importantes prioridades de cada uma das nossas nações, pois nela reside a base do desenvolvimento das nossas economias, da segurança alimentar e o caminho para o crescimento inclusivo", frisou.
Segundo João Lourenço, alcançar esse objectivo exige que os países africanos cumpram os compromissos feitos na Declaração de Malabo, que prevê a atribuição de 10% dos orçaments nacionais para o sector agrícola.
O líder angolano frisou também ser necessário aprovar uma Estratégia e Plano de Ação do Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África para os próximos dez anos (2026-2035). Lourenço pediu à União Africana que providencie as ferramentas necessárias à implementação do plano.
De lembrar que Angola assumirá em fevereiro a presidência rotativa da União Africana durante um ano.
Durante o discurso, o Presidente lembrou a relevância de atrair investimentos para o sector, disse ser de "importãncia vital" mecanizar a agricultura, melhorar infraestruturas, certificar sementes e desenvolver o sistema de irrigação, a fim de melhorar a capacidade de exportação e garantir a autossuficiência e segurança alimentar no continente.
O chefe de estado angolano discursou este sábado, 11, na sessão extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana, dedicada ao desenvolvimento da agricultura em África. Os líderes estão reunidos em Kampala, Uganda.