O Presidente da Guiné-Bissau, Úmaro Sissoco Embaló, mantém a sua intenção de dissolver o Parlamento e convocar eleições legislativas antecipadas, como revelou no dia 8 o presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambú.
Nesse sentido, Embaló reúne-se nesta quinta-feira, 17, com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, e os partidos políticos com assento parlamentar, em encontros separados.
A intenção foi revelada pelo próprio Presidente no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira depois de se despedir na quarta-feira, 16, do seu homólogo da República do Congo Brazzaville, Denis Sassou Nguesso, que realizou uma visita de 24 horas ao país.
Úmaro Sissoco Embaló lembrou que quando assumiu a Presidência, o primeiro assunto que pôs em cima da mesa aos partidos políticos foi a dissolução do Parlamento.
Ele também criticou os deputados que disseram no Parlamento não haver motivos para dissolver a ANP em virtude de não haver uma crise política.
"Eu é que sei o que é crise, não são deputados", disse.
Além de políticos, juristas e analistas questionam os motivos de uma eventual dissolução do Parlamento em virtude de o Presidente e o Governo serem da mesma maioria formada depois da eleição legislativa de março de 2019.