O Presidente da Guiné-Bissau disse nesta quarta-feira, 19, ter ordenado o encerramento parcial da fronteira com o Senegal após o início de confrontos que já provocaram vítimas mortais entre duas comunidades muçulmanas.
Durante o Eid de segunda-feira, 17, eclodiram confrontos entre as duas comunidades na cidade “sagrada” dos muçulmanos de Medina Gounass, a poucos quilómetros da Guiné-Bissau.
Uma pessoa morreu e cerca de 20 ficaram feridas, segundo o Ministério do Interior.
“Tomei imediatamente a decisão de fechar esta parte da fronteira para evitar qualquer escalada de violência. As forças de segurança do meu país estão a garantir que esta medida seja escrupulosamente respeitada”, disse Umaro Sissoco Embaló à AFP.
Ele acrescentou que “uma das comunidades (tinha) chamado reforços” de pessoas que vivem na Guiné-Bissau.
As duas comunidades no sul do Senegal há muito que estão em desacordo sobre o controlo da principal mesquita local e acusam-se mutuamente de estarem na origem de tensões que levaram a várias mortes no passado.
Localizada a mais de 500 quilómetros de Dakar, Medina Gounass acolhe uma peregrinação anual de 10 dias com a participação de milhares de muçulmanos.
O Senegal e a Guiné-Bissau partilham uma fronteira de 300 quilómetros.