PR guineense encerra parte da fronteira com Senegal devido a conflitos entre comunidades

  • AFP

Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, chega ao aeroporto de Pulkovo, para a cimeira Rússia-África em São Petersburgo. 26 julho 2023

Durante o Eid de segunda-feira, 17, eclodiram confrontos entre as duas comunidades na cidade “sagrada” dos muçulmanos de Medina Gounass, a poucos quilómetros da Guiné-Bissau

O Presidente da Guiné-Bissau disse nesta quarta-feira, 19, ter ordenado o encerramento parcial da fronteira com o Senegal após o início de confrontos que já provocaram vítimas mortais entre duas comunidades muçulmanas.

Durante o Eid de segunda-feira, 17, eclodiram confrontos entre as duas comunidades na cidade “sagrada” dos muçulmanos de Medina Gounass, a poucos quilómetros da Guiné-Bissau.

Uma pessoa morreu e cerca de 20 ficaram feridas, segundo o Ministério do Interior.

“Tomei imediatamente a decisão de fechar esta parte da fronteira para evitar qualquer escalada de violência. As forças de segurança do meu país estão a garantir que esta medida seja escrupulosamente respeitada”, disse Umaro Sissoco Embaló à AFP.

Ele acrescentou que “uma das comunidades (tinha) chamado reforços” de pessoas que vivem na Guiné-Bissau.

As duas comunidades no sul do Senegal há muito que estão em desacordo sobre o controlo da principal mesquita local e acusam-se mutuamente de estarem na origem de tensões que levaram a várias mortes no passado.

Localizada a mais de 500 quilómetros de Dakar, Medina Gounass acolhe uma peregrinação anual de 10 dias com a participação de milhares de muçulmanos.

O Senegal e a Guiné-Bissau partilham uma fronteira de 300 quilómetros.