"Foi um acto muito próximo dos actos de terrorismo, portanto, que tem exatamente os mesmos objetivos e naturalmente põe em causa a segurança das pessoas", afirmou Rui Machete em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros da União Europeia.
Rui Machete revelou ainda que quase todos os 74 presumíveis cidadãos sírios com passaporte falso que chegaram a Lisboa a bordo do voo da TAP, na semana passada, já pediram o estatuto de refugiado e que estes estão a ser analisados "caso a caso".
O ministro acrescentou haver "indicação clara de que os sírios que vieram, que fugiram de uma situação difícil, e que estavam a viver, presume-se, na Turquia, pagaram uma determinada quantia por cabeça a uma organização" com pessoas "ligadas a membros do governo da Guiné-Bissau".
Rui Machete referiu ainda que esta situação "demonstra a fragilidade da situação política" na Guiné-Bissau, actualmente com um governo transitório não reconhecido por Portugal, e disse esperar que as eleições previstas para 16 de março possam ser fiscalizadas pela União Europeia.