Portugal: cerca de quarenta incêndios florestais continuam a afetar o Norte e o Centro do país

  • AFP

Aldeões tentam apagar um incêndio florestal que se aproxima da sua casa na Ribeira de Fraguas, Albergaria-a-Velha, em Aveiro, a 16 de setembro de 2024.

Incêndios causaram pelo menos sete mortos.

Na quarta-feira, 18, cerca de quarenta incêndios florestais continuavam a fustigar o Norte e o Centro de Portugal, atingido há vários dias por uma vaga de fogos alimentada pelo calor e pelo vento, que causou pelo menos sete mortos.

Na sua pagina, a proteção civil indicou 42 incêndios activos, mobilizando cerca de 3.900 bombeiros apoiados por mais de mil veículos.

Segundo a imprensa local, as autoridades foram obrigadas a proceder a novas evacuações na noite de terça-feira no concelho de Gondomar, na região do Porto (norte), enquanto os bombeiros descreviam uma situação “incontrolável” em Arouca, no distrito de Aveiro, o mais afetado pelos incêndios.

Só nesta região, terão ardido cerca de 20.000 hectares de vegetação desde segunda-feira, segundo dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis), que enumerou cerca de quinze outros incêndios que ultrapassaram a fasquia dos 1.000 hectares esta semana no resto do país.

Na região de Aveiro, várias frentes de um grupo de quatro incêndios que formavam um perímetro com cerca de cem quilómetros de extensão estavam prestes a ser controladas graças aos esforços dos bombeiros, informaram as autoridades na terça-feira à noite.

Três bombeiros morreram na terça-feira, encurralados pelas chamas perto de Tabua, na região de Coimbra (centro), elevando o número de mortos para sete e deixando cerca de cinquenta feridos.

As outras vítimas foram um brasileiro de 28 anos, empregado de uma empresa florestal, que morreu num incêndio na segunda-feira quando tentava recuperar ferramentas, duas pessoas que morreram de ataque cardíaco e um bombeiro voluntário que morreu no domingo de doença súbita durante uma operação.