Em Moçambique, ao fim de 42 dias de reclusão, António Muchanga, o porta-voz do líder da Renamo, foi hoje posto em liberdade.
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A libertação de Muchanga é o primeiro resultado da aplicação da Lei da Amnistia, recentemente aprovada pelo parlamento moçambicano. Muchanga era um dos detidos em conexão com a tensão político-militar que marcou a vida moçambicana nos últimos dois anos e que levou a vários meses de negociações entre o Governo e a Renamo, naquilo que ficou apelidado como diálogo político.
Contra Muchanga pesava a acusação de incitação à violência, como resultado de pronunciamentos públicos que fez enquanto porta-voz de Afonso Dhlakama, alguns dos quais resultaram em ataques na região de Muxúnguè e Rio Save, na província de Sofala.
As autoridades policiais dizem que Muchanga é o primeiro de outros casos de soltura que vão acontecer nos próximos dias.
Refira-se que antes de Muchanga, Jerónimo Malagueta, chefe do departamento de comunicação da Renamo, também esteve detido, durante ano e meio, sob mesmas acusações.