Populares de São Tomé e Prínicipe revoltam-se por morte de taxista

Protestos contra morte de taxista, São Tomé e Príncipe

Taxista teria sido morto alegadamente por militares quando tentava retirar areia de uma praia.

Um taxista foi alegadamente morto a tiro por um grupo de militares em São Tome e Príncipe nesta sexta-feira, 5, por retirar areia numa praia. O caso revoltou populares que decidiram sair às ruas com o cadáver provocando o caos na cidade de São Tomé, enquanto o Governo anunciou ter aberto uma investigação.

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Populares revoltam-se por morte de taxista em São Tomé e Príncipe - 3:09

O caso que agitou esta manhã as ruas da cidade está sob um inquérito instaurado pelo Ministério da Administração Interna cujo resultado será divulgado dentro de 72 horas.

O corpo do taxista Nino Gentil, alegadamente baleado por um grupo de militares por ter extraído areia numa das praias da capital do país, está na morgue do Hospital Ayres de Menezes e a autópsia está marcada para este sábado, 5.

Militares e polícias nas ruas de São Tomé e Príncipe

Horas depois deste incidente que ocorreu por volta das seis da manhã, centenas de pessoas saíram às ruas com o corpo da vítima percorrendo vários pontos da cidade, em protesto contra a atitude dos militares que, segundo os familiares do taxista falecido pretendiam abafar o caso.

Na sequência desta manifestação espontânea algumas pessoas ficaram feridas, entre elas elementos da polícia de intervenção rápida que tentavam repor a ordem pública.

Populares vandalizaram as ruas, cortaram estradas com contentores de lixo, exigindo justiça pela morte do taxista de 36 anos de idade, pai de nove filhos.

Num comunicado divulgado após os incidentes, o Governo apela calma a população, condena a atitude de pessoas que, na sua opinião, nada tinham a ver com a ocorrência e aproveitaram-se dela para provocar distúrbio e confusão.

No seu comunicado, o Executivo compromete-se a divulgar nos próximos dias o resultado do inquérito e garante que responsabilizará os eventuais culpados, bem como aqueles que participaram nos actos de vandalismo pondo em causa a tranquilidade pública.