Política na América: Trump pode não ter apoio incondicional de congressistas republicanos

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Mike Johnson dirigente Republicano no congresso e Donald Trump

Planos legislativos podem estar em perigo

Quando Donald Trump assumir a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20 de janeiro pode não contar com o apoio incondicional dos congressstias do Partido Republicano que passam a controlar a Câmara dos Representantes e o Senado.

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Os limites do poder Republicano – 4:08

Esste quadro começou a ganhar forma na semana passada quando 38 republicanos na Câmara dos Representantes votaram contra uma proposta de orçamento temporária apoiada pelo Presidente eleito, que, entretanto, teve de ser remodelada.

Numa votação recheada de ironia política, a versão final da lei foi aprovada graças aos votos dos democratas e 34 votos de congressistas epublicanos.

Essa lei evitou à última da hora o encerramento do Governo federal porque nos Estados Unidos o executivo só pode operar quando há um orçamento aprovado.

Para evitar o encerramento, os congressistas de ambos os partidos acordam o que chamam de uma “resolução de continuidade”, ou seja, uma lei que coloca em funcionamento temporário o orçamento anterior com algumas mudanças.

Mas desta vez, a Câmara dos Representantes controlada pelos republicanos não conseguiu fazer aprovar duas versões da resolução de continuidade devido à oposição do Presidente eleito Donald Trump quando a certos artigos do texto.

Mike Johnson

Ela foi finalmente aprovada com votos dos democratas e depublicanos sem um artigo que o Trump queria inserir, nomeamdamente a abolição ou suspensão do chamado teto da dívida, uma lei que impõe limites à dívida americana mas que é tradicionalmetne aumentada todos os anos.

Na Câmara dos Representates, que assume a legislatura a partir de 20 de janeiro, quando Trump tornar-se Presidente, os republicanos têm uma maioria de cinco lugares que, no entanto, pode ser reduzida para apenas um voto quando quatro representantes já nomeados para o Governo assumirem os seus postos, deixando as cadeiras vazias por alguns meses.

Hans Nichols, correspondente político do portal Axios, disse à cadeia de televisão Fox que “a matemática é muito apertada para o presidente da câmara Mike Johnson”.

Nichols fez notar que o orçamento vai ter que ser novamente debatido em março e, para além disso, destaca que “vai haver a questão do teto da dívida durante o verão”,

Haverá também outros embates em torno de temas fiscais, como impostos e orçamento.

Coma maioria de apenas um voto qualquer oposição por parte de congressistas Rrepublicanos significa uma derrota legislativa.

“Vai ser uma viagem conturbada, portanto apertem os cintos”, concluiu Nichols.

Jonathan Martin, correspondente para assuntos no congresso do portal Politico, afirma que “os republicanos no próximo ano vão ter grandes ambições mas maiorias mais reduzidas” e que o tema principal será saber como é que vão aprovar legislação “com essa divisão tão reduzida na Câmara”

Martin sublinha também que “nos primeiros quatro meses do ano vai ser literalmente uma maioria de um voto na Câmara até preencherem aqueles lugares vagos”.

“Vai ser muito dificil”, disse ele à cadeia de televisão ABC.

Resta aguardar para ver, perante o olhar atento dos democratas, quem dentro dos republicanos está disposto a fazer compromissos.