Política na América: Médio Oriente pode ser primeiro teste da Presidência de Trump

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Política de não envolvimento em conflitos externos pode colidir comn realidades ao redor do mundo

A pouco mais de um mês da tomada de posse do Presidente eleito Donald Trump, aliados e opositores dos Estados Unidos prepararam-se para ter que lidar com um Chefe de Estado que na, sua politica de “América Primeiro” pode ser imprevisível ou pelo menos colocar em causa alianças antigas

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Política na América: Médio Oriente poderá ser primeiro teste da presidência de Donald Trump - 3:05

Numa entrevista concedida à cadeia de televisão NBC, Donald Trump repetiu a ameaça feita há muito de abandonar a NATO por considerar que os países membros “têm que pagar as suas contas” numa aparente referência ao acordo de que todos os países membros devem gastar 2% do seu Produto Interno Bruto na defesa.

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“Se pagarem as contas absolutamente que ficamos, mas eles têm estado a tirar vantagem de nós”, disse o Presidente eleito que se queixou de que as “as nações europeias tiram vantagem de nós no comércio”.

Os líderes da NATO posam para fotografia de família durante a celebração do 75.º aniversário da NATO em Washington, DC, 9 de julho de 2024.

“É terrível, não importam os nossos carros, não importam os nossos produtos alimentares, não importam nada, é uma vergonha e depois para além disso nós defendemo-los”, afirmou Trump que acrescentou que "se pagarem as suas cotas e se eu achar que nos estão a tratar com justiça a resposta é, absolutamnete, ficarei na NATO".

Nessa entrevista à NBC, Trump disse ser “provável” que ordene a redução da entrega de armamento à Ucrânia e lembrou que centenas de milhares de soldados estão a ser mortos e feridos em ambos os lados de um conflito que descreveu de “estúpido”.

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O Presidente eleito tem apoiado uma politica de não envolvimento em conflitos externos e como exemplo, após a queda do regime de Bashar al Assad na Siria, ele escreveu em letras maíusculas na sua plataforma Truth Social que os Estados Unidos não se devem envolver no conflito.

Há cerca de 900 soldados americanos estacionados na Síria em apoio a milícias curdas que controlam parte do país e que desempenham um papel importante no combate ao Estado Islâmico que opera no território sírio tirando vantagem do caos no país.

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No domingo, 8, a força aérea americana bombardeoou mais de 70 alvos do Estados Islâmico em território sírio.

Muitos analistas consideram que será difícil para Trump seguir uma política externa isolacionista.

Susan Page, comentarista de temas políticos no jornal USA Today, disse que quer queira quer não a Síria poderá ser uma dor de cabeça para Donald Trump.

Page recordou que Donald Trump “não quer uma Presidência de política externa”.

“Ele tem falado de uma agenda de temas domésticos, mas não sei se ele terá a opção de que como disse se manter de fora do que se está a passar na Síria” , afirmou Page à cadeia de televisão Fox.

“O Irão não se vai manter de fora, a Rússia não se vai manter de fora e ele faz face a um mundo onde parece haver tumultos em toda a parte, como na Ucrânia, Coreia do Sul, instablidade mesmo na França e Inglaterra e portanto tudo isto poderá ser uma parte maior da sua presidência do que ele esperava”, concluiu.

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