Um mês após ter entrado na Casa Branca para um mandato de quatro anos, o Presidente Donald Trump tem agitado a cena política de Washington e interncional através de decretos presidenciais, que resultaram no despedimento de milhares de funcionários federais e fortes mudanças nas relações internacionais.
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Política na América: Medidas da Administração "agitam" Washington – 5:27
Na segunda-feira, 24, os Estados Unidos votaram na ONU ao lado da Rússia em resoluções sobre a guerra na Ucrânia, fazendo tremer relaçoes de longa data com aliados tradicionais dos Estados Unidos, principalmente na Europa.
A nível interno, o Presidente Trump demitiu o Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, o comandante da marinha e vários outros destacados funcionários do Pentágono numa enorme remodelação no setor.
Entre outras medidas, Donald Trump impôs tarifas de 25% nas importações de aço e alumínio sem quaisquer excepções para aliados como o Canadá, México, Japão e Coreia do Sul, cancelou uma lei que proibia companhias americanas de se envolverem em atos de suborno de entidades oficiais estrangeiras, impôs sanções ao Tribunal Criminal Internacional, propos a evacuação dos palestinianos da Faixa de Gaza, proibiu pessoas transgénero de participarem em atividades desportivas femininas, deu ordens para o fim do financimaento do Conselho de Direitos Humanos da ONU e do departametno de ajuda aos refugiados palestinianos.
Por outro lado, o Presidente deu poderes ao novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo bilionário Elon Musk, para reduzir o tamanho do Governo federal, um processo cujo ritmo está a abalar a capital americana, onde está estcionado o maior número desses funcionários.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Interncional (USAID) foi encerrada e milhares de empregados perderam os seus empregos, enquanto outros devem ter o mesmo destino.
Leon Musk "em guerra" com funcionários federais
Nos últimos dias, o DOGE enviou um e-mail a todos os empregados federais a requerer que descrrevessem em cinco pontos a atividade realizada na semana passada e que quem não o fizesse seria despedido.
Elon Musk na Sala Oval
Entretanto, pela primeira vez alguns departamentos deram ordens aos seus funcionários para não responderem ao email, incluindo a Polícia Federal (FBI), o Departamento de Estado e o Departamento de Saúde., entre outros.
Musk ameaçou com despedimentos a todos que não responderem ao e-mail, mas depois o Departamento de Adminsitração de Pessoal enviou uma nota a dizer que a resposta ao email podoa ser feito numa base “voluntária”
Ao mesmo tempo, congressistas começaram a receber queixas dos seus eleitores, algumas em reuniões públicas.
Comentaristas divididos sobre impacto no eleitorado
Jonathan Martin, comentarista do portal Politico, disse que "teoricamente o povo americano adora a ideia de reduzir o Governo federal. mas, operacionalmente, é uma história muito diferente".
“Quando se começa a falar de pessoas reais e empregos reais e as suas vidas estão em jogo começa-se a ver-se as imagens que vimos nessas reuniões”, acrescentou Martin para quem “as pessoas gostam da ideia, mas não da aplicação real”.
“Este é um velho axioma na política americana, e penso que vai colocar Elon Musk em terreno perigoso”, afirmou Martin na cadeia de televisão NBC.
Entretanto, Lanhee Chen, do Centro de Estudos Hoover Institute avisou que em muitas desas reuniões com eleitores os presentes eram anti-Trump portanto não podem ser levados a sério.
Lanhee Chen
Chen refutou também que o Presidente Trump esteja a atuar de modo diferente no uso do poder executivo porque George W Bush e Barack Obama quiseram fazer o mesmo noutros temas.
Aquele comentarista disse que “no que diz respeito ao tamanho do Governo já se tentou fazer isso de modo progressivo”.
"Nao deu resultado e por isso este Presidente está a dizer: vamos mais para a frente, vamos cortar mais e isso vai resultar em pessoas a interrogaraem se isto é a coisa correta a fazer”, afirmou Lanhee Chen para quem “fundamentalmente o que o Presidente Trump está a tentar fazer é mover a agulha de modo não incremental e isso vai resultar nas pessoas fazerem perguntas”.
“Do meu ponto de vista, vai demorar algum tempo para se saber a reação do povo americano”, concluiu Lanhee Chen à NBC.