O Ministério do Interior de Angola diz haver poucas denúncias sobre violência contra mulheres na capital em comparação com os casos citados pela imprensa.
No momento em que deputadas e organizações da sociedade civil pedem por agravamento de penas e abrigos para vítimas da violência doméstica, o porta-voz daquele Ministério desafia as mulheres a denúnciarem no primeiro sinal de violência.
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Para a deputada Albertina Navemba Ngolo Felisberto, mais conhecida por Navita Ngolo, é importante que as mulheres ganhem consciência e denunciem todos os actos de turtura por que passam nos seus lares.
“É importante que as mulheres ganhem consciência e comecem a denunciar, não podemos esconder os actos bárbaros dos nossos parceiros” pediu Ngolo.
Já a deputada Welwitschia dos Santos entende que o fim da violência contra as mulheres depende essencialmente delas.
“Estamos neste momento numa actividade que visa sensibilizar as mulheres sobre a violência doméstica levada a cabo pela Associação Tea Club e entendemos que tem de haver aqui uma espécie de bola de neve que é formar formadores. E a violência contra as mulheres só vai terminar quando os homens perceberem que se agredir não vai ter mulher nem namorada”, defendeu Welwitschia dos Santos.
Entretanto, o porta-voz da Delegação Provincial do Ministério do Interior em Luanda, intendente Mateus Rodrigues, diz serem poucas as denúncias.
“É importante que logo no primeiro sinal a mulher denuncie“, apelou Mateus.
Dados oficiais apontam que mais três mil casos de violência doméstica fo0ram registados em 2017 e 2018, com mulheres e crianças como as principais vítimas de agressões.