O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou nesta segunda-feira, 11, a morte de Mariano Nhongo, líder da autoproclamada Junta Militar da Renamo, hoje em combate.
Em conferência de imprensa, o comandante geral Bernardino Rafael informou que Nhongo foi morto por volta das 7 horas de hoje após intensos combates nas matas da província de Sofala, onde se encontrava escondido.
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A 4 de Outubro, o Presidente da República, Filipe Nyusi, revelou que as Forças de Defesa e Segurança haviam alcançado a base da autoproclamada Junta Militar da Renamo tendo Nhongo em fuga.
Na altura, Nyusi pediu a Nhongo que se rendesse.
Lamentações
Bernardino Rafael lamentou que a perseguição de Nhongo tenha terminado com a sua morte.
A Renamo, através do seu porta-voz, José Manteigas, também lamenta a morte de Mariano Nhongo, afirmando ainda que o partido apostava na via do diálogo.
E o secretário-geral do Movimento Democrático de Moçambique, José Domingos, espera que a morte de Mariano Nhongo possa significar a rendição de outros elementos da autoproclamada Junta Militar.
Com tal, diz Domingos, eles poderão aderir ao processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração em curso no país.
Recusa
Refira-se que Nhongo e seus homens armados, que distanciaram-se da Renamo depois da eleição de Ossufo Momade a presidente do principal partido da oposição, estavam na origem de pequenos ataques contra a população e recusaram encontros com a Renamo para tentar resolver os seus diferendos.
Nhongo exigiu várias vezes um encontro com o Presidente da República para a assinatura de "um novo acordo de paz" por considerar sem efeito o chamado Acordo para a Paz Definitiva" assinado entre Filipe Nyusi e Ossufo Momade a 1 de Agosto de 2019.