O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), em Nampula, apreendeu na madrugada do dia 23 de Janeiro, no distrito de Nacala-Porto, 61 quilogramas de heroínas e cinco de metanfetamina.
Your browser doesn’t support HTML5
O jornal Ikweli reporta que além da droga, a polícia deteve um cidadão moçambicano e recolheu uma viatura alegadamente pertecente aos cinco suspeitos traficantes, que se puseram em fuga numa embarcação.
A porta-voz do SERNIC, Enina Tsinine, disse que presume-se que a droga era trazida da Tanzânia, sendo Nampula o corredor para Maputo e África do Sul.
A polícia, que promete investigar o caso, näo divulgou a identidade do moçambicano detido, mas disse ter informação de que os cinco que fuguiram são tanzanianos.
Veja Também Procuradoria moçambicana formaliza acusação de tráfico de drogas contra 11 paquistanesesMas, segundo o Ikweli, o moçambicano confirmou o seu envolvimento no tráfico de drogas.
“Eu fui encontrado no local, porque um conhecido meu (tanzaniano), ligou-me para dizer que tinha uma bolada (negócio), mas não disse que a minha missão era de fazer a sinalização no local da atracagem do barco”, disse.
O jornalista Aunício da Silva disse à VOA que embora a polícia prometa seguir os casos de tráfico de drogas, tal não resulta por haver sinais de falta de interesse por parte dos decisores políticos.
Veja Também Pemba: Detidos 13 paquistaneses com meia tonelada de heroínaVontade política
“É preciso entender que tem sido reportado que as benesses provenientes do tráfico de drogas têm beneficiado determinados partidos politicos, sobretudo nos momentos de campanha eleitoral. E é exactamente por causa disso que os donos da droga nunca aparecem”, disse Da Silva.
Um dia depois da operação de Nacala, 24 de Janeiro, a fragata francesa Nivose apreendeu, no Canl de Moçambique, 444 quilogramas de metanfetamina e heroína avaliadas em mais de 40 milhões de euros, reportou o Defence Web.
Segundo aquele portal sul-africano, a apreensão foi feita pelas Forças Armadas Francesas no Oceano (Fazsoi).
Outra publicação, Carta de Moçambique, escreve que os tripulantes da embarcação em referência apresentaram-se como iranianos, e que o caso foi entregue às autoridades de Reunião, ilha administrada pela França.
Veja Também Advogados: Moçambique deveria ter julgado Fuminho para desmascarar a rede de traficantes