Treze promotores do Movimento Independentista de Cabinda (MIC) continuam detidos depois de, no passado sábado, dia 11, terem pretendido apresentar a nova organização.
Eles são acusados pelo Ministério Público de crime contra a segurança do Estado.
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O grupo é constituído por estudantes provenientes de vários países europeus e que realizava em Cabinda um acto politico alegadamente do conhecimento das autoridades, para a proclamação, instalação e apresentação pública do MIC.
De acordo com o superintendente-chefe, José Feliciano de Mónica Felé, “os 13 indivíduos incorrem aos crimes contra a segurança do Estado e burla por defraudação” depois de, apesar de avisados “ terem mantido a sua intenção”.
Para o advogado Arão Bula Tempo, o comportamento da polícia assenta “em actos ilegais e é uma prática de silenciar a questão de Cabinda.
O Ministério do Interior revelou que com o grupo foram apreendidos “diversos materiais de propaganda hostil com conteúdos de carácter divisionista, separatista e independentista, contrários à ordem e a tranquilidade públicas”.
“Por ser um acto de desobediência colectiva, os 13 jovens incorrem no crime contra a segurança do Estado”, sustenta o comunicado.
Arão Bula Tempo alerta que o Ministério do Interior “não tem competência para qualificar e indiciar cidadãos em processos-crimes”.
O advogado também disse te sido impedido de ter acesso aos detidos.
O activista Alexandre Fernandes também foi detido no local na qualidade de convidado ao acto de apresentação do MIC, mas foi solto logo em seguida.
"O MIC (Movimento Independetista de Cabinda) pretendia fazer a sua apresentação oficial, apareceu a polícia, prendeu-nos a todos e nos levou o SIC local”, conta Fernandes que foi solto, mas não os promotores do movimento.