A Polícia Nacional (PN) deteve no sábado, 8, oito jovens no Lubango acusados de violaram a lei de confinamento em vigor.
Os activistas dizem não ter feito nada de ilegal e que a manifestação prevista para o dia 11 vai acontecer.
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Os cidadãos, segundo uma nota de esclarecimento do Comando Provincial da PN na província angolana da Huíla, foram surpreendidos no âmbito da missão de fiscalização do cumprimento das medidas estabelecidas pelo decreto presidencial 276/20 que proíbe ajuntamentos de mais cinco pessoas.
A PN diz que eles pretendiam mobilizar outros 47 cidadãos para a manifestação prevista para o dia 11 de Novembro.
A VOA sabe que, à excepção de Manuel Andrade, mais conhecido por “Mensageiro Andrade”, que deve ser presente a tribunal para julgamento sumário por crime de injúria às autoridades, os demais foram postos em liberdade após receberam uma advertência.
Tatiana Capepula, que esteve presa por algumas horas, diz que “quando fomos detidos o Mensageiro não estava presente, mas assim que ele apercebeu-se que estávamos detidos foi à polícia pedir satisfação e a polícia terá usado algumas palavras contra ele,reagiu e por isso ele foi detido a fim de ser julgado sumariamente”.
A activista afirma não compreender da detenção deles já que estavam a agir dentro da legalidade.
“Até ao momento nós não sabemos o porquê de termos sido detidos visto que nós não estávamos a fazer nada que ferisse a integridade do Estado, não estávamos a usar nenhum tipo de materiais ofensivos, estávamos simplesmente a fazer a divisão dos panfletos para poder distribuir e fazer o convite para a manifestação que a gente está a organizar”, acrescenta Capepula.
Até ao fecho desta peça, não havia informações sobre a situação de Manuel Andrade.
Apesar das imposições colocadas pelas autoridades administrativas e policiais, os promotpres revelam determinação em avançar para a manifestação contra o custo de vida e pela convocação das eleições autárquicas em Angola.